14/02/2012

« O tempo passa. Passa tão rápido que dou por mim imóvel ao movimento que me rodeia. As pessoas movem-se tão rápido que mil e uma imagens passam pela minha cabeça. Fico um turbilhão. Começam a cair bruscamente gotas e mais gotas de água, grande tempestade que se forma. Debaixo daquela chuva, expirei e inspirei dezenas de vezes. Desfrutei daquela sensação como se não houvesse amanhã. Fiquei ali, a pensar em cada passo, cada som, cada movimento que sentia à minha volta. Era algo de maravilhoso. A cada minuto que passava e que eu me encontrava ali, tornava-se cada vez mais inesquecível e difícil de descrever. Estava a gostar daquela sensação, queria que durasse para sempre. A minha cabeça levava-me a um grau de imaginação que jamais imaginava que existisse. Estava contigo, a sorrir contigo. Fechei os olhos com força, tornou-se tudo tão transparente e natural, brilhante e cintilante. Só queria ficar ali, viver aquele momento com a vida. Tinha a certeza que não o voltaria a repetir. Ouvi um toque que me era familiar. Abri os olhos. Acordei. Era o meu despertado a tocar, estava na hora de ir para as aulas. »

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