22/03/2011

É uma brincadeira de crianças.

Eu vou contar até dez e tu vais fugir de mim para te esconderes. Está a contar. Sei que estás cada vez mais longe, mais e mais. Vais-te esconder de mim. Vais arranjar o melhor esconderijo para eu não te encontrar nunca mais. É essa a ideia do jogo, é esse o objectivo. Vá, foge. Rápido. O tempo começa, como pára. Só não pára quando estamos juntos. Há situações lixadas e são pessoas assombrosas que as tornam assim. Podias ser menos instável. Muda quando quiseres. Mas muda só nesse aspecto. De resto, és perfeito. Sabes para onde vais, sabes esconder-te bem. Acho que vou conseguir encontrar-te. Não costumas ir para longe. A contagem está quase no fim. Belos dez números que nunca mais acabam. Belas cenas intempestivas. Deste-me um pouco de ti. Até gostei. Mas mudas. Não como quem muda de camisa, mas sim como quem muda de notas numa guitarra, como quem muda de números. Já vai nos nove. Estás bem escondido? Quero ver isso. Vou terminar esta cena banal, acabou a contagem pior que infernal. Bem, agora só me resta procurar-te. Vou dar a volta ao mundo, hei-de encontrar-te. Não deves de estar assim tão longe. Vamos ver aqui neste canto. Olá, está aí alguém? Mais um. Mais um beco sem saída. E agora? Como é que te procuro? Como é que te encontro? Que fácil. Vou procurar-te no meu coração. Lá estarás.

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