um amor perfeito não é aquele que dá tudo em troca de nada. não é aquele que aparece e fica para sempre sem uma única discussão. quanto muito é aquele que quando vai, e não deixa nada. porque deixa. deixa sempre. se não deixasse, não era amor. não existem amores perfeitos, nem perfeitos amores. mas os verdadeiros amores nunca se esquecem. e o único que é inesquecível ao ponto de ao fim de vários anos ainda nos lembrarmos de imediato o nome da pessoa que amámos, é o primeiro amor. esse, esse sim. esse foi o pior, o mais custoso, o mais inesquecível. porque, mesmo que amemos quem não nos ama, há sempre uma recompensa. mesmo que que não se ame mutuamente, ou que não passemos com essa pessoa os momentos que tanto desejávamos, no final, aprende-se sempre qualquer coisa. aprendemos a abrir o nosso coração, quando alguém nos fecha o dele. aprendemos que entre amar e ser amado, é muito melhor quando se é correspondido. e, acima de tudo, aprendemos a sofrer. será sempre o nosso primeiro desgosto de amor. porque o primeiro amor, nem sempre é o último amor. mas é sempre o primeiro a esquecer-se porque é sempre o último primeiro amor