15/03/2011

Capítulo I - Recomeço

As palavras são irónicas e expressam o que há em cada sítio diferente do meu. Ter quem/o que queremos é difícil. Não é que sejas a cena mais difícil do mundo, mas é a que abdica de mais coisas. Acho que já tenho o que preciso e, por vezes, até acho que tenho demasiado. Ter alguém como tu, ninguém merece. É demais. Ninguém te merece. Tu mereces o mundo, o universo, o que há para além do universo. Mereces o que não tens. Mereces mais e melhor. Ninguém é capaz de te oferecer a estabilidade que mereces. Se soubesses o quão difícil é tentar dar-te o que mereces. Não tens noção. E depois é o mesmo de sempre: “eu não mereço nada.” Isso é mentira. Mereces tudo. O que é que queres? Pede-me algo que esteja dentro daquilo que eu te posso dar. Seguidores, sabem? Não gosto de falar na primeira pessoa. Vou contar a história, em vez de estar dentro dela. Continuado… Esta rapariga é capaz de tudo por este rapaz. Ela gosta mesmo muito dele e parece que isso não tem fim. Tudo isto, para ela, é um sonho que está a ser vivido. Enquanto para ele, isto é só mais uma cena sem ponto de partida. Na cabeça desta jovem, ele o melhor que ela tem, mas no coração dela, ele é muito, muito mais do que isso. Esta juventude hoje em dia só se apaixona e depois é assim: sofrimento, sofrimento és o meu tormento. Isto para uma narradora está muito à frente. Até tem a piada que não devia de ter. Next. Não há “next” no léxico português! Ao menos que sejas uma boa narradora, Mariana! Seguinte. Apesar de todas as confusões/chatices, o mais provável é terem um futuro, juntos para sempre, para sempre. É o mais provável, não o mais certo. Meus queridos leitores, ela devia dar-lhe o mundo e não lhe dá nada! É um bocado triste. Se ela fosse alguém… mas coitadita. Loser, loser! Fala em português de Portugal, pá! Já metes dó. Para uma história, isto dá que falar. Mas será que não consigo ser uma narradora minimamente boa e em condições? Ai Mariana, Marianinha, o que tu ainda tens que crescer! Vamos lá ao que interessa. Já estão a dormir? Oh gente (da minha terra), acordem! Acordem! Bem, acho que só uma frase chega: ela ama ele, ele gosta dela. Sim, é esta frase. Sei que está fraca, mas vá lá, tenham uma mínima consideração por mim. Ele pensa que ela não acredita nele, mas ela dá-lhe toda a sua atenção. Vá lá, ao menos isso. Já lhe dá confiança, já é um princípio. Tudo o que ela vê nele, é íntegro. Conquistá-lo é um obstáculo intransitável. Com o tempo esta moça há-de conseguir. É um grande intuito. Este obstáculo é intermitente, assim como este débil capítulo. Já está no fim, só que ainda não chegou aí. Sou narradora, vou dar uma característica psicológica a estas duas personagens que fogem do amor, enquanto este se moveu pelos caminhos menos improváveis e a paixão tornou-se inevitável. Ela pode dizer-se que é uma pessoa que não tem perícia para nada mesmo. Já ele é, sem dúvida, o homem da vida dela. Isto é que é uma caracterização psicológica? “Arranja um cérebro”, Mariana! Enfim… São pessoas diferentes que se adoram mutuamente. Vão acabar juntos, visto que assim começaram. Até lá, bons e mais capítulos virão. Irei treinar esta cena de ser narradora. Não saiu muito bem. A “nada” ama o seu mais que tudo. Boa sorte miúda, vais precisar! E tu, rapaz, acredita que ela acredita em ti e que gosta mesmo de ti. Ela está aqui para ti, para tudo o que precisares. Que panorama!

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