17/02/2011

Nem o tempo cheio dos pedaços de nada.

Eu sei que te prometi um post, mas hoje não. Noutro dia qualquer abres esta página e vês aqui um post gigantesco só para ti. Hoje não é mesmo esse dia, desculpa. Tu sabes o quanto te adoro, Diana!
O dia de hoje não foi normal como os outros. Não me refiro a ter sido pior, não foi. Mas longe de ser o melhor. Acordei muito cedo e super exaltada a pensar em ter uma mensagem tua, mas a minha exaltação e esperança foi em vão, totalmente. Não disseste nada o dia todo, mas também não te pedia mais. Já devias de ter dado o litro há bastante tempo. Mais uma cena desperdiçada. Nunca fico com o papel principal, és sempre tu. Já tens a tua cena bem estruturada e bem sabia. Decoras isso rápido. A tua única falha é decorares as acções. Isso sim, isso é o mais difícil para ti. Sabes as falas, mas fazes as acções ao contrário do que dizes. Tens o teu guião e eu tenho o meu. São bastante diferentes, mas são os que nos metem mais próximos um do outro. A única coisa que não dependeu de ti, nem de mim, foi o cenário. Estamos num dentro da realidade. O nosso teatro não é a ficção da realidade. Antes fosse. A nossa história está bem decorada e rica em cenas dramáticas. Podíamos fazer o que ainda não foi feito. Mas isso era subir a um nível muito alto, pois tu limitaste sempre a cometer os mesmos erros do outro guião que - mesmo sendo parte da nossa história - já está em cinzas. Não és capaz de não dizer o que dizes sempre. As falas estão lá, o que muda são os gestos/acções. Estás num mundo distante deste e já dás por ti perdido num deserto; mas esqueceste que ainda estás em palco. Tens a plateia à tua frente e só não queres fazer má figura perante ela. E para isso, fazes o melhor para ti e os outros, neste caso eu, que se lixem e que fiquem na lama. É uma questão de princípios; tu não tens os teus. Hás-de encontrá-los quando te esforçares minimamente. Estamos em cena, e é a minha vez de actuar. Boa sorte, Mariana. És forte. Vou improvisar. Não sei as falas nem as acções. Não sei qual é o meu cenário. Só sei uma coisa: a cena vai ser contigo. Vais fazer de tudo para causar boa figura e nem vais ver a pessoa com quem estás a fazer a cena. Vais ser a personagem e eu vou ser a figurante, para ti. Ficas sempre com o papel principal. Boa sorte nisso. É a minha vez de improvisar.

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